PASSEIO 2: ORONGO, PALCO DO CERIMONIAL DO “HOMEM PÁSSARO”

Lendo mais um excelente post no blog Outros Ares sobre São Luiz do Maranhão, cheguei à conclusão de que realmente pessoas qualificadas no turismo têm a capacidade de transformar nossas viagens.

A mesma experiência que a Érika viveu em São Luiz, vivemos na Ilha de Páscoa.

Aprendemos muito com nosso guia rapa nui, Fernando, e nos deu uma vontade enorme de dividir este novo conhecimento. 

Foi ótimo também para a pequena Sofia, que ouvia atenta às explicações e interagia à sua maneira. 

Sem dúvida, a experiência na Ilha não teria sido a mesma sem a participação dele: ver um moai (ou vários) é uma coisa, vê-lo sabendo a história por trás dele é outra, muito diferente.

Bom, mas vamos ao segundo passeio dentro do Parque Nacional Rapa Nui, na parte que fica no outro vértice do triângulo da Ilha de Páscoa, no alto do vulcão RANO KAO: ALDEIA CERIMONIAL DE ORONGO.

Ao fundo, as Ilhas Motu Iti e Motu Nui, parte do ritual do Homem Pássaro 

Este pedaço do Parque trata de outro momento da história da Ilha, instalado após o culto aos ancestrais, representados pelos moais – lembrando que todos foram derrubados durante guerras tribais no século XVII.

Orongo narra a história do “homem pássaro” a partir de suas pedras talhadas com imagens de animais sagrados, os petróglifos, e a aldeia de casas de pedra.  Tendo as duas ilhotas à frente e o mar azul intenso como testemunhas.

As incríveis pedras com desenhos talhados

Após o período de guerra, iniciou-se uma competição para determinar quem seria o líder da Ilha durante aquele ano: o Homem Pássaro ou Tangata Manu.

Não, não se trata de nenhuma figura mitológica, mas alguém real.
Ganhava aquele que nadasse até a pequena ilha em frente à aldeia, pegasse o primeiro ovo da ave migratória manutara e regressasse com ele.

Cada tribo tinha o seu representante para participar da concorrência e este era escolhido e preparado para tal desde criança.

O ritual do homem pássaro durou cerca de 400 anos, até a chegada da cultura ocidental, quando missionários católicos proibiram sua continuidade.

Neste link do site CHILE PARA NIÑOS, há uma explicação simples e ilustrada para os pequenos.

Além disso, tem a aldeia cerimonial em si, com várias casas feitas de pedras, com encaixes perfeitos!  Segundo nos contou o Guia, a porta é pequena e baixa para que, qualquer pessoa que entrasse na casa, o fizesse de frente, mostrando sua cara.

As casas de pedra na Aldeia Cerimonial de Orongo

Sofia conferindo a pequena entrada para a casa

O encaixe perfeito das pedras

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MPORTANTE: mantenha seu ingresso do Parque Rapa Nui (aquele que custa US$ 60)! Ele vale também para Orongo e precisa ser apresentado na entrada.

Antes de chegar à aldeia, passamos pela cratera do vulcão Rano Kau, uma visão incrível e o principal ambiente de conservação da flora nativa.

Nós na cratera do vulcão Rano Kau

Sofia "explorando" a cratera do vulcão

No dia anterior, havíamos alugado um carro e ido à praia de areia rosa, Ovahe, à competição das crianças rapa nui, que mostrei neste post e à caverna Ana Te Pahu.

A areia rosa da Praia de Ovahe

Exploradora equipada para entrar na caverna

A existência de muitas cavernas é a prova da atividade eruptiva da Ilha. Mas relaxa porque a última erupção ocorreu há cerca de 2.000 anos.  A caverna Dos Ventanas, me pareceu a mais radical pelos relatos.

Optamos por uma mais light, chamada Ana Te Pahu e Sofia curtiu muito novamente ser uma “exploradora”, com seus binóculos e lanterna.  

Na saída, cavalos e vacas nos esperavam.

Aliás, há mais cavalos do que gente na Ilha de Páscoa!